sexta-feira, 17 de setembro de 2010

MRP - Material Requirements Planning

Começando com um pouco de história... Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a economia norte-americana estava em alta, o que gerou uma grande necessidade de produtos nas indústrias. Com isso, criou-se uma demanda de pedidos pendentes e levavam de 12 a 18 meses para serem entregues. Então, elas passaram a trabalhar com base em trimestre. Essa metodologia foi nomeada como Sistema de Solicitação Trimestral.

No entanto, no fim da década de 1950 e inicio de 1960 as empresas tinham de antecipar os futuros pedidos produzindo para armazená-los como estoque e a técnica foi atualizada para o Planejamento para Necessidades de Materiais (em inglês: Material Requirements Planning ou simplesmente MRP).

O MRP é um sistema computadorizado para controle de inventário e produção onde, procura-se programar a produção de forma que se tenha o componente na medida da necessidade.

Com isso, criam-se condições para que os materiais necessários para a fabricação/montagem de produtos intermediários ou finais estejam em quantidade, qualidade e no momento apropriado para garantir o compromisso das entregas.

Vamos fazer uma demonstração: Sabendo que no dia 20 é necessário entregar 20 bicicletas e que se gastam 3 dias para montá-las, logo, no dia 17 é necessário entregar 40 rodas montadas, 20 quadros, 20 correntes, 60 cabos para freios e marcha, etc. Supondo que a roda é composta por câmara de ar, bico, pneu e aro, então, no dia 16 estes componentes deveram ser entregues para a montagem das rodas. Assim, as bicicletas, que é o produto final, podem ser montadas e entregues no período especificado.

O MRP demonstra uma visão prospectiva da produção permitindo a criação de um plano de fábrica a partir da previsão de venda. Com ele, é determinado o número de unidades necessárias para o período, então, é encaminhado para a produção. Com isso torna-se necessário o conhecimento das datas de entrega para que seja minimizada a existência de estoque de componentes.

O sistema é aplicado em três tipos de produções: por catálogo, onde a estrutura dos produtos é anteriormente conhecida; onde é possível conhecer a estrutura dos produtos; e quando se conhecem as encomendas. Para confeccionar o Planejamento da Produção se faz necessário ter o Plano Diretor de Produção, a Estrutura dos Produtos e o Inventário dos Materiais em Estoque.

Então, tendo como base no Plano Diretor de Produção, o MRP, demonstra o que é preciso produzir ou adquirir, define quando se deve iniciar a produção ou emitir a aquisição e as quantidades do que é necessário. Ele indica também os requisitos brutos e líquidos, ou seja, a procura em períodos discretos para cada componente. Esta procura é transposta em ordens de compra ou em ordens de produção. Logicamente, qualquer mudança na solicitação ocasiona uma revisão no Plano de Produção.

Muitas empresas ainda utilizam este sistema hoje, mas outras sentiram a necessidade de expandi-lo incluindo elementos de compras, financeiro e marketing gerando uma nova versão, o MRP II, contendo um conjunto completo de atividades que envolvem o planejamento e o controle de operações de produção. Mas, esse é o assunto fica para próximo artigo.

Abraço a todos!

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” (Chico Xavier)

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