quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Televisão Digital

Este foi o tema de uma palestra ministrada por mim a uns 2 anos mais ou menos

A chamada TV Digital no fundo é a transmissão de dados digitais e não de sinais analógicos o que se traduz em grosso modo num incremento de quantidade de informação transmitida. A sua implantação no Brasil passa pela alteração dos padrões atuais de transmissão e de recepção, bem como os aparelhos de televisão instalados nas residências dos telespectadores.

No momento, a maioria da programação veiculada pelas emissoras de televisão aberta (Globo, Record, SBT, Bandeirantes, etc.) já é produzida, utilizando-se equipamentos de filmagem e armazenamento digitais. No entanto, como os segmentos de transmissão e de recepção continuam sendo analógicos, os usuários não percebem esse ganho de qualidade. Com a introdução da tecnologia digital no serviço de televisão obterá melhor qualidade de imagem e som para os telespectadores.

A tecnologia digital, entretanto, ao superar diversas restrições da tecnologia analógica, abre várias outras possibilidades. Imagem de alta definição e som com qualidade de CD são algumas das inovações que poderão ser disponibilizadas com a introdução da televisão digital. A transmissão de vários programas em um único canal é outra novidade que, com certeza, implicará numa maior diversidade de conteúdos, atendendo a diferentes necessidades e interesses dos usuários (telespectadores).

No entanto, a mudança que parece ser mais drástica é a transformação do televisor em um equipamento interativo. Segundo especialistas do setor, essa nova aplicação modificará radicalmente o modelo de exploração da televisão aberta, viabilizando novos serviços como, por exemplo, um novo tipo de comércio, já apelidado de t-commerce, ou seja, venda de produtos por meio da televisão. Outra possibilidade que também poderá se concretizar, no curto e médio prazos, é a recepção móvel de sinais de televisão em carros, ônibus e trens e em telefones celulares das próximas gerações.

Essa grande diversidade de opções tem que ser cautelosamente analisada, pois algumas dessas alternativas não podem coexistir devido a limitações de várias naturezas, inclusive de ordem financeira. Há, portanto, que se analisar cada uma delas, buscando escolher aquelas que trarão maiores benefícios para a nossa sociedade e que conformarão o modelo mais adequado às nossas realidades.

A escolha de um dos padrões tecnológicos, hoje disponíveis ou em processo de desenvolvimento e do modelo de negócios em televisão digital a ser implantado no País, determinará como os recursos tecnológicos serão utilizados para prover um determinado conjunto de programas e serviços para a sociedade.

Feita a mudança na transmissão e recebimento e adaptando os televisores para esta tecnologia será possível, a médio e longo prazo, para o telespectador, ao ver um filme, comercial, novela ou qualquer outro tipo de programação, através de um controle remoto, clicar em um objeto e acessar um site sobre o produto, podendo comprá-lo no momento em que estiver assistindo o programa em seu televisor. Mas não pode se esquecer o quanto este serviço vai custar para a sociedade. Um dos maiores desafios é tornar essa tecnologia acessível para população de baixo poder aquisitivo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Paradoxo

O pior é ficar lembrando o que poderia ter acontecido. De tão longe fica perto, mas quando perto, fica longe. Pois é, o paradoxo está presente, até mesmo onde não achamos que está. Se o igual lhe parece diferente, é por que esse não existe sem aquele e, talvez, são iguais até na diferença.

Está presente em Políticos que criam atos secretos e violam leis previstas na Constituição. Essas se referem a os princípios exigidos para o serviço público: legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade. Qual delas você acha que infringiram? Em minha percepção, faltou uma alternativa: todos os princípios citados. Apenas são válidos os atos que são publicados, os sem publicações, infringem a lei. Mas, a justiça é cega, tem cada coisa que ela não vê.

Também em Milícias, policiais que invadem áreas dominadas por bandidos para levar a segurança e cobram dos moradores por isso. Além de pagarem impostos que pagam o salário deles, ainda têm de pagar uma taxa imposta para garantir a sua segurança, se não, ninguém garante o que pode acontecer.

Mas, paradoxo também me lembra coisas boas, por exemplo, quando Luís de Camões escreveu em um de seus poemas que: “Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer;”. Lembro também de Fernando Pessoa, quando recitou:” O sentir e o desejar; são banidos dessa terra; O amor não é amor; Nesse país por onde erra”. Nestes casos, foi utilizado pra demonstrar, de uma forma intensa, os sentimentos dos autores.

Porém, na voz de Humberto Gessinger, um poeta, que canta: “Que a chuva caia como uma luva, um dilúvio, um delírio. Que a chuva traga alívio imediato”. Às vezes, o dilúvio é necessário para se perder, até o que não tinha, e conquistar tudo outra vez. Certamente assim, notamos que, o que se tinha, tem muito mais valor quando se perde.


Por: Wellington Vasconcelos

Veja a letra de Alívio imediato em http://acisumletrasecifras.blogspot.com/2009/08/alivio-imediato.html

Veja o Poema de Luíz de Camões em http://acisumletrasecifras.blogspot.com/2009/08/amor-e-fogo-que-arde-sem-se-ver.html

Veja o poema de Fernando Pessoa em http://acisumletrasecifras.blogspot.com/2009/08/as-vezes-em-sonho-triste.html